BRASIL E ARGENTINA COORDENAM EXERCÍCIO COMBINADO ARANDU 2023

Os Exércitos do Brasil e da Argentina promoveram a Operação Arandu, no Campo de Instrução Barão de São Borja, em Rosário do Sul, Rio Grande do Sul, de 14 a 20 de novembro. O exercício combinado, coordenado pelo Comando Militar do Sul (CMS), fecha um ciclo iniciado em 2017 com três operações anteriores, Hermandad, em 2017, Yaguareté e Saci/Duende, em 2019.

Viaturas do sistema Astros percorreram mais de 2.000 km de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, onde foi realizada a Operação Arandu. (Foto: Comando Militar do Sul do Brasil)

Foram empregados 2.300 militares brasileiros e argentinos, 100 viaturas blindadas, 450 viaturas operacionais e 10 aeronaves, três argentinas e sete brasileiras. Os equipamentos e viaturas vieram de todo o território nacional para a ação no sul do país.

Segundo o CMS, a operação é “resultante de um compromisso internacional entre o Brasil e a Argentina e fortalece a diplomacia militar entre os dois países, consolidando os laços de união e amizade. Entre os objetivos estão a troca de informações doutrinárias, estabelecendo padrões comuns de trabalho combinado, consolidações de lições aprendidas e o entendimento mútuo das táticas, técnicas e procedimentos a serem empregados pelas organizações militares das duas nações participantes”.

Um dos destaques da Operação Arandu foi o exercício de transposição de curso d’água, onde unidades militares de Engenharia e de Cavalaria demonstraram as capacidades de mobilidade da tropa diante de obstáculos aquáticos, com o uso de uma ponte de painéis flutuantes. Com sua grande rede fluvial, o Brasil é um dos países com o maior número de rios do continente, portanto, obstáculos aquáticos são situações comuns para as tropas e um dos principais trabalhos da Engenharia do Exército Brasileiro (EB).

O General de Exército Edson Leal Pujol, comandante do EB, e o General de Brigada Agustín Humberto Cejas, comandante do Exército Argentino, acompanharam alguns exercícios da Operação Arandu. (Foto: Comando Militar do Sul do Brasil)

Outro ponto alto foi o uso das viaturas blindadas de transporte de pessoal Guarani, onde militares realizaram tiros por controle remoto de dentro do veículo, com armas de calibre .50 instaladas em cima das viaturas. Também houve uma demonstração com foguetes do sistema de mísseis e foguetes de alta tecnologia de artilharia Astros, lançados a partir das plataformas das viaturas. Seis viaturas foram deslocadas por terra da sede do 16º Grupo de Mísseis e Foguetes, em Minas Gerais, até o Rio Grande do Sul.

Para o General de Divisão Hertz Pires do Nascimento, comandante da 3ª Divisão do EB, esse deslocamento de mais de 2.000 quilômetros por terra do sistema Astros, por si só, já foi um treinamento da capacidade de mobilização dos militares.

Foi realizado também um salto de paraquedas de militares lançados de uma aeronave C105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira. A ação marcou também a entrega do brevê de paraquedista a militares da Argentina.

O General de Exército Edson Leal Pujol, comandante do EB, e o General de Brigada Agustín Humberto Cejas, comandante do Exército Argentino, além de oficiais de ambos os exércitos, estavam presentes na Operação Arandu.

“É um momento importante para nós. E isso nos traz interações militares, porque nos dá uma adequada perspectiva da capacidade plena que têm ambos os exércitos”, comentou o Gen Bda Cejas.

Segundo o Gen Ex Pujol, a operação simboliza toda a cooperação, integração e amizade existentes entre Brasil e Argentina e os exércitos de ambos os países. “Não só estamos adestrando nosso Exército, como também aprendendo e trocando experiências. E, mais que tudo, fortalecendo a amizade e a confiança existentes”, afirmou.

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