Manaus/AM- A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Amazônia está tomando medidas para rastrear o fluxo de recursos financeiros destinados a organizações do terceiro setor. Na próxima reunião do colegiado, prevista para terça-feira, dia 26, um requerimento nesse sentido será votado. A maioria dos senadores na CPI é da oposição ao governo.
Em depoimento à CPI das ONGs, Ritaumaria Pereira, diretora-executiva do Imazon, confirmou que a organização recebe recursos externos significativos para a realização de diversas ações, cujos resultados não foram totalmente esclarecidos. O Imazon está entre as ONGs sob investigação pela CPI.
O presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), revelou que o Imazon desembolsou R$ 700 mil para um curso de três dias destinado a capacitar 152 técnicos. Valério citou documentos que indicam um contrato de R$ 1,6 milhão, com vigência de 2016 a 2022, com o propósito de treinar esses profissionais que atuam na floresta. Em média, foram destinados R$ 10,5 mil para cada profissional.
As investigações da CPI das ONGs continuam a lançar luz sobre os fluxos de financiamento e a eficácia das ações das organizações do terceiro setor na região amazônica.