Brasília (29/05/2023) – A operação Acupary, realizada pelo Ibama e pelo ICMBio na sexta-feira (26/5), desmantelou ação criminosa que dava suporte a garimpos ilegais realizados em terras protegidas e em unidades de conservação, no Baixo Tapajós, no Pará.
A atividade ilícita ocorria ao longo da BR 230, onde quatro pistas de pouso improvisadas eram usadas para o crime. No local, a equipe de fiscalização do Ibama apreendeu cinco aeronaves, três camionetes, 42 mil litros de diesel para uso de máquinas de mineração, 1.600 litros de gasolina de avião, uma pistola com numeração raspada e uma carabina.
As quatro aeronaves foram totalmente modificadas pelos criminosos para atender ao transporte de carga para os garimpos. De acordo com os fiscais, essas modificações em aeronaves colocam em risco a navegação aérea, o meio ambiente e as comunidades que já vivem acuadas pelos garimpeiros na região.
O Ibama iniciou as ações percursoras para executar a atividade de garimpeiros na comunidade da TI Munduruku, conforme determinado pelo STF no âmbito da ADPF 709.
Nessa primeira fase, a operação atacou as pistas de pouso que apoiam a linha de suprimento dos garimpos clandestinos no interior da TI Munduruku e das Unidades de Conservação Federais localizadas às margens da BR 230.
O Ibama identificou ainda que dezenas de aeronaves que operavam na TI Yanomami migraram suas atividades para a bacia do Tapajós após o início da operação Xapiri, que combate o garimpo na TI Yanomami desde fevereiro de 2023.
Um trabalho incansável de combate ao crime
A aviação de garimpo possibilita maior alcance das frentes de expansão da mineração ilegal, aumenta a velocidade da exploração e é a atividade mais representativa do grande volume de capital aportado nessa atividade ilegal. Além disso, a aviação de garimpo expõe à população a graves riscos de acidentes aéreos.