As cidades de Coari e Ipixuna entraram em situação de emergência devido a seca no Amazonas. É o que aponta a nota informativa emitida pela Defesa Civil do Estado do Amazonas nesta quinta-feira (21). Além desses municípios, Amaturá, Benjamim Constant, Eirunepé, Itamarati, Jutaí, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tefé e Uarini também compõem a lista que subiu de 10 para 12 cidades. Cerca de 100 mil pessoas estão sendo afetadas nessas cidades.
Outros 15 municípios estão em estado de alerta e 32 em atenção. O impacto da seca são danos econômicos e sociais aos habitantes que vivem nos municípios atestados. A Defesa Civil do Estado atua como apoio para atender as principais necessidades dos locais mais afetados.
Dentre os principais problemas, dificuldades de navegação em trechos dos rios do Amazonas, dificuldade de escoamento da produção rural e de transporte de itens básicos de sobrevivência. A estiagem também pode prejudicar as aulas na escolas das cidades afetadas, onde alunos se locomovem via trasporte fluvial.
Para diminuir os impactos, foram realizados treinamentos de agentes municipais e estaduais de Defesas Civis; entrega de purificadores coletivos de água; emissão de alertas e orientações para a população e demais entes públicos; aquisição de cestas básicas e caixas d’água para a população afetada no Estado. Há ainda estimativa de repasses de recursos aos municípios para cobrir despesas com logística, por exemplo.
A previsão é que, devido a influência do fenômeno climático El Niño, que inibe formação de nuvens de chuva, a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa, se comparada a anos anteriores. Para minimizar os impactos causados, o Governo do Estado antecipou ações de ajuda humanitária e segue monitorando e conscientizando as pessoas sobre os riscos desse período.